Vale planeja recuperar cerca de 7 milhões de toneladas de minério de ferro este ano, a partir do reaproveitamento de rejeitos e estéril
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Vale planeja recuperar cerca de 7 milhões de toneladas de minério de ferro este ano, a partir do reaproveitamento de rejeitos e estéril
Inovação tecnológica e práticas ambientais sustentáveis são os pilares do programa de mineração circular da Vale;
Foco em reaproveitamento de rejeitos, na redução da geração de novos rejeitos e na otimização do uso dos recursos minerais.
A Vale criou um programa de mineração circular pelo qual vai recuperar 6,7 milhões de toneladas de minério de ferro este ano com reaproveitamento de rejeitos e estéril. Com investimento em inovação e sustentabilidade, o programa tem entre seus objetivos ampliar a lavra de minério a partir de pilhas e barragens já existentes, otimizar o processamento mineral para reduzir a quantidade de rejeitos e estéril gerados e desenvolver iniciativas de coprodutos, como areia e blocos para construção civil.
Embora as práticas para o melhor aproveitamento dos recursos e redução de rejeitos já façam parte do dia a dia das minas operadas, a criação do programa permitiu mensurar os resultados de maneira integrada. Foram mais de 100 iniciativas mapeadas e, desde a sua implantação, o programa de mineração circular da Vale identificou o aproveitamento de 2Mt de minério evitando assim um custo de aproximadamente 100 milhões ao eliminar etapas de transporte de rejeitos para pilhas e barragens. Um outro benefício do programa são as iniciativas de coprodutos, que possuem potencial de gerar um novo destino para subprodutos como a areia, em blocos de pavimentação e areia comercial para a construção civil. Com o programa a empresa deixa de emitir 1,9Mt de CO2 até 2035, o equivalente a emissão de 1,2 milhões de automóveis populares durante um ano.
“Nosso programa visa maximizar o aproveitamento de minério de ferro nas reservas, reduzindo a geração de rejeitos, gerando valor para a Vale e para a sociedade. Projetamos que até 2030, cerca de 10% da nossa produção anual seja proveniente de mineração circular, podendo chegar até 20% futuramente”, informa Rafael Bittar, vice-presidente executivo Técnico da Vale.
O processamento a úmido do minério de ferro, que é utilizado atualmente em menos de 30% da produção da Vale, gera rejeitos, que são dispostos em barragens e pilhas. Durante a lavra, ocorre também a movimentação de estéril, e com os avanços tecnológicos do programa, a empresa vem aumentando o aproveitamento desses materiais. No campo da inovação, graças à implementação de novas tecnologias de sondagem, tem sido possível expandir o conhecimento geológico sobre recursos minerais anteriormente desconsiderados e que agora poderão ser incorporados na produção por meio da identificação do seu valor comercial.
Mineração circular na prática
Em Minas Gerais, a mineração circular está viabilizando a eliminação das pilhas de estéril da mina de Serrinha. O material está sendo transportado para a usina de Mutuca, em Nova Lima, para reaproveitamento do minério de ferro contido na pilha. Outro benefício, é a melhora da relação com a comunidade local, através de uma escuta ativa e envolvimento durante a elaboração do projeto.
Em Carajás, Pará, na barragem do Gelado estão previstos o reaproveitamento de 138 milhões de toneladas de rejeitos de minério de ferro para produzir pellet feed de altíssima qualidade. O objetivo no Gelado é reduzir 62% do rejeito total na barragem acumulados em 37 anos de operação. Por meio da utilização das dragas elétricas, a previsão de volume de emissão CO2
evitada é de cerca de 524 mil toneladas, o equivalente a circulação de 114 mil carros populares.
Coprodutos: areia, blocos e cimento
Também na produção de coprodutos, a Vale avança. Em 2023 foi criada a startup Agera para desenvolver e ampliar negócio de Areia Sustentável da empresa. Após sete anos de pesquisa, o coproduto começou ser produzido em 2021 como substituto da areia extraída do meio ambiente. Desde então, já foram destinados ao setor de construção civil e à projetos de pavimentação rodoviária cerca de 900 mil toneladas do produto. A expectativa é comercializar 1,8 milhão de toneladas de areia sustentável até o fim de 2024.
Outro destaque é a Fábrica de Blocos do Pico. Inaugurada pela Vale em 2020, trata-se de planta que transforma rejeitos da mineração em blocos para construção civil. Localizada na Mina do Pico, em Itabirito, Minas Gerais, a fábrica promove a economia circular ao reaproveitar cerca de 30 mil toneladas de rejeitos por ano, produzindo 3,8 milhões de itens como pisos intertravados, blocos de concreto e placas de vedação. O projeto contribui para a sustentabilidade ambiental e, também, oferece uma alternativa ao uso de areia natural, um recurso cada vez mais escasso.
Para a Vale, a mineração circular não se trata apenas de reciclagem dos produtos-finais, mas também a redução e eliminação dos rejeitos nos processos da mineração, incluindo a redução das emissões de CO2. “A economia circular aplicada à mineração, busca transformar a abordagem linear de “extrair e descartar” em uma abordagem circular de reaproveitamento, onde os materiais são continuamente reutilizados e reciclados, desenvolvendo a circularidade do processo. Este é um tema relevante para empresa e para o futuro da mineração, pois está relacionado com dois pontos importantes do setor, a sustentabilidade, tanto em termos de meio ambiente quanto em relação às comunidades próximas à mineração, e a forma como as mineradoras operam, atendendo às demandas atuais da sociedade”, conclui Bittar.
Media Relations Office - Vale
imprensa@vale.com
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