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10/6/22

Reparation

O voo das Andorinhas-de-coleira: Espécie criticamente ameaçada de extinção é reencontrada na Bacia do rio Paraopeba, em Minas Gerais

Aves foram registradas durante expedição realizada por biólogos da Vale e especialistas acadêmicos

Uma população reprodutiva da andorinha-de-coleira, ave considerada criticamente ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais, conhecida pelos cientistas como Pygochelidon melanoleuca, foi encontrada na bacia do rio Paraopeba. A descoberta inédita ocorreu durante expedição/diagnóstico ambiental realizado ao longo do rio Paraopeba por biólogos da Vale e especialistas acadêmicos. A presença da espécie em um trecho de aproximadamente 60 quilômetros do rio Paraopeba, entre os municípios de Pompéu e Curvelo, apresenta dados inéditos e relevantes sobre o tamanho populacional e a biologia reprodutiva desses animais. Além disso, o diagnóstico tem produzido o mais completo conjunto de dados sobre a biologia reprodutiva da espécie em todo o mundo. O diagnóstico também avaliou a existência de eventuais impactos do rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019, sobre a população desses animais; o que não foi constatado.



Andorinhas-de-coleira. Espécie ameaçada de extinção - (crédito: Gabriele Andreia da Silva)

“Não havia estudos que demonstrassem a existência de uma população reprodutiva da andorinha-de-coleira no rio Paraopeba e é por isso que os dados obtidos neste monitoramento representam um enorme avanço no conhecimento sobre as populações desta espécie”, destaca o biólogo e especialista em aves, Leonardo Lopes, professor da UFV. Leonardo ainda destaca que este monitoramento permitiu a documentação, até então inédita, da andorinha-de-coleira em plena atividade reprodutiva. Estudos anteriores já haviam descrito o ninho da espécie, mas nenhum pesquisador havia até então conseguido investigar detalhes sobre a reprodução da espécie. Isso porque a andorinha-de-coleira constrói seus ninhos em locais de difícil acesso, mais especificamente no interior de fendas localizadas nos afloramentos rochosos ao longo das corredeiras de rios.

O barqueiro das andorinhas
Para chegar até os pássaros a expedição contou com a experiência e o conhecimento de moradores locais, como o barqueiro, Samuel Santos, um dos guias da expedição. “Conheço bem a região, sou ribeirinho, nascido as margens do rio São Francisco, e gosto de “passarinhar” por aí, sair em busca de pássaros. Sobre a expedição é uma alegria encontrar as andorinhas. Estar no meio dos pássaros faz bem para a alma, faz bem para o coração”, destaca.

Microcâmeras especiais para desvendar os esconderijos
Como os ninhos da andorinha-de-coleira são de difícil acesso, para “visitar a casa das aves” foi necessário o uso de uma microcâmera própria para inspecionar locais de difícil acesso e com baixa luminosidade. O material que as aves utilizam para a construção do ninho, incluindo penas, folhas secas e fibras vegetais, é geralmente coletado nas margens, no próprio pedral ou nas pequenas ilhas de vegetação encontradas no leito do rio.



Filhotes da andorinha

 

Monitoramento da biodiversidade
O monitoramento da biodiversidade em áreas impactadas e não impactadas pelo rompimento da barragem em Brumadinho, também chamado de Programa de Diagnóstico de Danos Ambientais sobre o Meio Biótico, é parte do Acordo de Reparação Integral assinado em 2021 pela Vale, pelo Governo do Estado de Minas Gerais, pelos Ministérios Públicos Federal e do Estado de Minas Gerais, e pela Defensoria Pública de Minas Gerais, para a reparação dos danos causados. Ao todo, entre Jeceaba e Três Marias, passando por Brumadinho, na confluência com o ribeirão Ferro-Carvão, local mais afetado pelo rompimento, são monitorados 35 pontos ao longo do rio Paraopeba para a biodiversidade aquática e 20 áreas para a biodiversidade terrestre. Todas as atividades de monitoramento são frequentemente acompanhadas pelos órgãos ambientais competentes.

“Quando monitoramos os locais impactados e não impactados é possível avaliar as condições ambientais de maneira ampla, e como o rompimento pode ou não ter influenciado a ocorrência, riqueza e distribuição da fauna e flora presentes ao longo da bacia do rio Paraopeba. Encontrar uma população saudável dessa espécie, em grande número e em novos pontos no rio Paraopeba é um importante indicativo ambiental e indica que o rompimento não interferiu na qualidade de vida dessas aves. Além disso, as expedições e os monitoramentos da Vale realizados em parceria com as instituições de ensino, ficarão como importantes fontes de pesquisas para as próximas gerações”, ressalta Cristiane Cäsar, analista ambiental da Vale.

 

Media Relations Office - Vale
imprensa@vale.com

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