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Funcionária da Vale sorrindo em paisagem verde. Ela veste uniforme verde
da vale, oculos, capacete e protetores auriculares Artefato visual de onda Vale
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A Vale divulgou, nesta quinta-feira, 24 de outubro, seu desempenho referente ao terceiro trimestre de 2024.

O desempenho operacional e de vendas melhorou em todos os negócios. As vendas de minério de ferro aumentaram 1,3 Mt (+2%) a/a, impulsionadas pelo aumento de 18% das vendas de pelotas devido a maior produção e a forte demanda. 

O preço realizado médio de finos de minério de ferro foi US$ 90,6/t, US$ 7,6/t menor t/t apesar da redução do preço referência em US$ 12,0/t. A menor redução vs. o preço de referência é atribuída a um melhor portfólio de produtos e ao efeito positivo dos preços provisórios.  

 

O EBITDA Proforma Ajustado foi US$ 3,7 bilhões, 6% menor t/t e 21% menor a/a. Os maiores volumes e menores custos unitários, principalmente em minério de ferro, compensaram parcialmente os menores preços. 

O custo caixa C1 de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, foi 17% menor t/t e 6% menor a/a, atingindo US$ 20,6/t, impulsionado, principalmente, por: (i) diluição de custo fixo com a maior produção, (ii) melhor mix de produção, com maiores volumes do Sistema Norte, onde os custos de produção são menores e (iii) contínuas melhorias de eficiência. Em setembro, o custo de produção C1 atingiu US$ 18,2/t, indicando um desempenho positivo para o quarto trimestre. A Vale está confiante em atingir o limite inferior do guidance de custo caixa C1, excluindo compras de terceiros, de US$ 21,5 - 23,0/t.  

O custo all-in de cobre e níquel foi US$ 2.851/t e US$ 18.073/t, respectivamente. O guidance de custo all-in de cobre foi novamente revisado para baixo, agora para US$ 2.900 – 3.300/t. Em níquel, o guidance de custo all-in de US$ 15.000 – 16.500/t foi mantido e está no caminho para ser atingido.  

O fluxo de caixa livre foi US$ 179 milhões, US$ 947 milhões menor a/a, refletindo o menor EBITDA.  

A provisão relacionada à Samarco foi revisada para US$ 4,7 bilhões, um aumento de US$ 1,0 bilhão, refletindo a avaliação mais atualizada sobre o potencial acordo com as autoridades brasileiras, as reivindicações relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco e a extensão em que a Samarco pode financiar desembolsos futuros. 

A dívida líquida expandida totalizou US$ 16,5 bilhões em 30 de setembro, US$ 1,8 bilhão maior t/t, devido, principalmente, às provisões adicionais relacionadas à Samarco. 

Tenho o prazer de apresentar os resultados da Vale pela primeira vez como Presidente da companhia. Antes de comentar sobre o desempenho no trimestre, gostaria de introduzir brevemente como vejo o caminho a ser seguido pela companhia. Primeiramente, nos esforçaremos para transformar a Vale em uma companhia mais ágil e eficiente, promovendo a inovação e uma cultura de desempenho. Dito isso, segurança e excelência operacional são elementos inegociáveis dessa jornada. Adicionalmente, nossos esforços estratégicos serão concentrados em entregar um portfólio de produtos superiores, com foco maior no cliente. Em minério de ferro, vamos acelerar nossa oferta de produtos de alta qualidade, enquanto em metais básicos, pretendemos continuar a crescer, principalmente em cobre. Por fim, tenho o compromisso de aprimorar nossos relacionamentos institucionais, garantindo que iremos deixar um impacto positivo para as pessoas e o meio ambiente.  

No trimestre, nossa produção de minério de ferro atingiu seu nível mais elevado em mais de cinco anos, resultado do nosso foco contínuo na excelência operacional. Nossa produção de pelotas está em seu maior nível desde 2019, em linha com nossa estratégia de entregar produtos de alta qualidade. Em nossa divisão de metais básicos, a produção de cobre e níquel também apresentou um sólido progresso, marcado por melhorias operacionais no Canadá, com a implementação do asset review já dando frutos. Também continuamos a entregar no tema segurança de barragens, tendo recentemente removido a barragem Sul Superior do nível 3 de emergência. Por fim, esperamos assinar o acordo de Mariana muito em breve, visando uma resolução definitiva que irá, acima de tudo, beneficiar as pessoas impactadas e a sociedade, por meio de um acordo mutuamente benéfico para todas as partes interessadas. 

Gustavo Pimenta

CEO
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Fotógrafo: Ricardo Teles

Destaques

Soluções de Minério de Ferro 

  • O comissionamento das operações de processamento a úmido do projeto Vargem Grande 1 foi iniciado em setembro, um mês antes do previsto. O projeto representa um passo importante rumo ao guidance de produção de minério de ferro da Vale de 340-360 Mt em 2026, ao retomar aproximadamente 15 Mtpa de capacidade de minério de ferro e melhorar o teor de ferro contido dos produtos do complexo em aproximadamente 2 p.p. Outros projetos importantes estão avançando: +15 Mt em Capanema e +20 Mt no S11D estão 91% e 67% concluídos e no caminho certo para iniciar operações no 1S25 e 2S26. 

  • Em setembro, a Vale concluiu a transação de criação de uma joint venture com a Apollo por US$ 600 milhões. Nos termos acordados, a Vale agora detém 50% da Vale Oman Distribution Center (VODC). A VODC opera um terminal marítimo com um cais de águas profundas amplo e um centro integrado de blending e distribuição de minério de ferro com capacidade nominal de 40 Mtpa em Sohar, Omã. 

Metais para Transição Energética 

  • Em outubro, a segunda mina subterrânea do projeto de Extensão da Mina de Voisey’s Bay (VBME) atingiu a conclusão mecânica, que permitirá o início do ramp-up da produção da mina nos próximos meses. O ramp-up da transição de Voisey’s Bay é um importante marco para a competitividade das operações no Canadá e apoiará a redução do custo unitário do negócio de níquel. 

Acontecimentos recentes 

  • A planta de Onça Puma retomou as operações em 15 de outubro após uma paralisação de 10 dias devido a interrupção do fornecimento de energia. A produção de níquel no forno do site foi reiniciada em 22 de outubro. 

  • A Vale e o BNDES avançaram na criação de um fundo de investimento privado para fomentar o desenvolvimento de Minerais Críticos no Brasil. O fundo tem como objetivo arrecadar até R$ 1 bilhão, dos quais a Vale e o BNDES contribuirão com um montante entre R$ 100 milhões e R$ 250 milhões cada. O montante arrecadado deve ser investido em aproximadamente 20 empresas de pequeno e médio porte que operam em pesquisa mineral, desenvolvimento e implementação de novas minas de minerais estratégicos no Brasil. 

Barragens de Rejeito  

  • A Vale completou a descaracterização do Dique 1A e do Dique 1B em setembro e outubro, respectivamente. Desde 2019, a Vale descaracterizou 16 estruturas, representando 53% do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante. 
     
  •  A barragem Sul Superior em Barão de Cocais, teve seu nível de emergência reduzido de 3 para 2 em agosto seguindo a execução de investigações geológico-geotécnicas adicionais e medidas para a melhoria de suas condições de segurança.  

Mineração Circular  

  • O programa de mineração circular da Vale está transformando rejeito e estéril em recursos valiosos. O programa engloba mais de 150 iniciativas, incluindo o reaproveitamento de rejeitos de minério de ferro em pellet feed de alto teor em Carajás e eliminando as pilhas de estéril através do reprocessamento para criar produtos circulares de minério de ferro em Minas Gerais. Como parte do programa, 7 Mt de produção de minério de ferro foi identificado em 2024.  

Descarbonização  

  • A Vale e a Green Energy Park, empresa integrada de hidrogênio europeia, juntaram forças para entregar soluções de descarbonização para o setor siderúrgico global. As empresas trabalharão em estudos de viabilidade para desenvolver instalações para a produção de hidrogênio verde para abastecer um futuro Mega Hub no Brasil, um complexo industrial destinado à produção de aço de baixa emissão de carbono.  
     
  • A Vale e a Petrobras firmaram, em outubro, uma aliança estratégica para o fornecimento de produtos e serviços com foco na descarbonização. A parceria estabelece condições para a potencial comercialização de diesel com conteúdo renovável, gás natural e bunker com 24% de conteúdo renovável. 

Brumadinho  

  • O Acordo de Reparação Integral de Brumadinho continua progredindo, com mais de 70% dos compromissos acordados concluídos e conforme os prazos do acordo.  

Mariana  

  • Renova continua progredindo com o programa de reparação, com R$ 38 bilhões desembolsados e mais de 446 mil pessoas indenizadas até o final de setembro.  
     
  • Negociações avançadas estão em andamento para o acordo de reparação de Mariana, com um valor total de aproximadamente R$ 170 bilhões, considerando obrigações passadas e futuras para apoiar pessoas, comunidades e meio-ambiente afetados pelo rompimento da barragem. 

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