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A Barragem I da Mina Córrego do Feijão
Arquivo Vale
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Indenizações e auxílios financeiros
Na frente de suporte financeiro individual, foi assinado um acordo pela Vale junto à Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, a Advocacia Geral da União, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União para pagamento do auxílio emergencial aos atingidos com vigência até outubro de 2021.
Além do referido auxílio, é prioridade para a Vale o pagamento das indenizações cíveis extrajudiciais e trabalhistas, em linha com o nosso compromisso de indenizar todos os que sofreram algum dano.
Programa de Indenizações Cíveis Extrajudiciais: trata os pleitos apresentados pelos requerentes com o apoio de um advogado ou com suporte da Defensoria Pública em busca de acordo extrajudicial relacionado ao rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, ou às evacuações em territórios decorrentes do risco de rompimento de barragens. O programa é pautado pelo Termo de Compromisso (TC) firmado entre a Vale e a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), de forma integral para Brumadinho e Macacos, e de forma análoga e adaptada para os demais territórios. Não se aplica a requerentes que possuem vínculos empregatícios com a Vale ou seus familiares diretos, quanto a danos decorrentes de tais vínculos.
Os recursos destinados a indenizações e auxílios financeiros pela Vale incluem:
• Aproximadamente 16,7 mil pessoas foram indenizadas, somando R$ 3,7 bilhões, sendo:
14,2 mil beneficiários, cerca de R$ 2,5 bilhões em indenizações cíveis judiciais e extrajudiciais.
2,5 mil beneficiários, aproximadamente R$ 1,2 bilhão, em indenizações trabalhistas.
• Cerca de 100 mil pessoas receberam auxílio, totalizando R$ 2,4 bilhões.
• Por iniciativa da Vale, também foram feitas doações de R$ 36 milhões a cerca de 1.000 pessoas.
• Mais de 5,6 mil pessoas foram atendidas no Programa de Assistência Integral ao Atingido (PAIA), com suporte e orientação gratuitos após o pagamento das indenizações.
* Dados de 30/10/2024
Acordo Judicial de Reparação Integral
Formalizado judicialmente, o Acordo Judicial de Reparação Integral com o governo de Minas Gerais foi assinado em 4 de fevereiro de 2021 pela Vale e pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal e a Defensoria Pública de Minas Gerais. O documento define as obrigações da Vale de fazer e de pagar, tendo em vista a reparação socioeconômica e socioambiental das comunidades afetadas, em um valor total estimado em R$ 37,7 bilhões.
Entre eles, inclui R$ 5 bilhões em iniciativas de recuperação ambiental da bacia do rio Paraopeba, cujo plano está em fase de discussão e validação pelos órgãos competentes e acompanhamento de auditoria independente. Nesse caso, o valor se refere aos danos conhecidos e não há teto, podendo ser ampliado para cobrir eventuais danos que apareçam posteriormente – ou que sejam atualmente desconhecidos e que venham a ser comprovadamente ligados ao rompimento. Cabe enfatizar que o monitoramento da qualidade da água e sedimentos do rio Paraopeba, de modo geral, apontam para maior aproximação das condições verificadas antes do rompimento. Os dados convergem com os que estão sendo produzidos com base no monitoramento do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) (leia mais no Balanço da Reparação Dezembro/22 e também nos boletins informativos da Fundação Estadual do Meio Ambiente sobre a qualidade da água no rio Paraopeba aqui).
*Até agosto de 2023.
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O acordo garante segurança jurídica e celeridade na reparação socioambiental e socioeconômica dos danos difusos e coletivos. O documento tem natureza civil. Todas as ações criminais permanecem em andamento e serão julgadas pelo Poder Judiciário.
As auditorias independentes, previstas no Acordo, auxiliam as instituições signatárias no acompanhamento da execução das obrigações.
Entre as medidas contempladas no acordo estão:
Recursos para a substituição do pagamento do auxílio emergencial pelo Programa de Transferência de Renda, programa administrado e operado pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais;
Medidas para aprimoramento da qualidade de vida, de acesso a serviços públicos e do crescimento econômico da região atingida;
Possibilitar a retomada das condições de vida das pessoas atingidas em situação equivalente à que existia antes do desastre, fomentando sua autonomia e seu protagonismo.
Acordo Judicial de Reparação Integral:
Região: 26 municípios da bacia do rio Paraopeba (inclui Brumadinho)
Conjunto de medidas de reparação destinadas a recuperar o meio ambiente bem como compensar (financeiramente ou não) todos os impactos, danos ou prejuízos causados pelo rompimento.
Compensação de danos ambientais conhecidos: R$ 1,55 bi
Recuperação ambiental: R$ 5,0 bi (valor estimado, sem teto definido)
A recuperação deve se dar em condições adequadas, conforme o plano de reparação e padrões de qualidade ambiental, tendo como referência as condições anteriores ao rompimento.
Abarca ações e projetos socioeconômicos voltados para Brumadinho e os 25 municípios da bacia do Paraopeba já identificados como atingidos, observando a dinâmica de consulta às pessoas atingidas para priorização dos investimentos.
Projetos para a bacia do Paraopeba: R$ 2,5 bi (+ obrigações a pagar)
Projetos para Brumadinho: R$ 1,5 bi
Valores do Acordo Judicial de Reparação Integral executados até 30 de outubro de 2024:
E o que foi feito até 30 de outubro de 2024, no âmbito do Acordo Judicial de Reparação Integral:
- 88% das obrigações de pagar foram concluídas
- 38% das obrigações de fazer foram executadas
- 88% de rejeito manuseado, de um total de 12,4 milhões m³
- 207 mil mudas plantadas de espécies florestais nativas de Minas Gerais
- Melhora progressiva da qualidade da água com resultados iguais ou melhores aos registrados antes do rompimento
- 41% de áreas em processos de recuperação ambiental, de um total de 658 hectares
- 68 obras convertidas (fazer em pagar) no valor de R$ 2,1 bilhões
- 307 mil itens (equipamentos e materiais) entregues
- 4.187 pessoas capacitadas
Outras iniciativas
Entre as medidas, estão:
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Água: diversas iniciativas concluídas e em andamento para garantir que todos os moradores e produtores rurais impactados pela interrupção da captação no rio Paraopeba tenham água na qualidade e na quantidade que necessitam, incluindo poços instalados ou reativados, novas estruturas para captação e armazenamento, caminhão-pipa emergencial, instalação de sistemas tratamento, entre outros. O monitoramento da qualidade da água também é permanente. Uma empresa de auditoria técnica independente também realiza análises como contraprovas e auditoria em campo das coletas. Saiba mais aqui.
Escuta ativa
Territórios evacuados
Desde o rompimento da Barragem B1, em Brumadinho, temos adotado padrões mais conservadores na avaliação de nossas barragens. Por isso, reagimos ao menor sinal de interferência nos territórios, realizando realocações preventivas ou evacuações emergenciais, quando recomendado. Cientes dos efeitos dessas ações, dedicamos todos os esforços para melhorar a qualidade de vida das pessoas, de modo a recompor, dentro do possível, as condições anteriores.
Para saber detalhes sobre as ações de compensação e reparação das famílias nos territórios evacuados, acesse aqui.
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Gestão de barragens
Investigações
Anunciado em 15 fevereiro de 2019, o Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário para Segurança de Barragens (CIAE-SB) foi constituído pelo Conselho de Administração da Vale, sob a coordenação do professor Flavio Miguez Mello, referência em engenharia de barragens e com mais de 50 anos de experiência profissional. Também integrou o grupo, os especialistas em geotecnia Willy Lacerda e Pedro Repetto.
O CIAE-SB foi mantido ao longo de 2020 e continuou apoiando o diagnóstico das condições de segurança das barragens e diques utilizados pela companhia em suas atividades no Brasil, com prioridade para estruturas alteadas pelo método a montante e aquelas localizadas em áreas de atenção especial, bem como recomendando medidas ao Conselho de Administração para reforçar as condições de segurança das barragens.
Em 2020, o CIAE-SB emitiu 29 relatórios, 15 notas técnicas e 2 resumos progressivos, com 11 reuniões ordinárias. Em abril de 2021, o CIAE-SB concluiu seus trabalhos e encaminhou seu relatório final ao nosso Conselho de Administração. A Vale desenvolveu planos de ação para atender todas as recomendações, que são regularmente avaliadas em um sistema de múltiplas camadas e as alterações devem ser justificadas e aprovadas pela alta liderança. Em 2022, concluímos 82% dos planos de ação e o planejamento de concluir os outros 18% até 2024.
A Vale continua com o trabalho de segurança de barragens, agora conduzido pelo Conselho Independente de Revisão de Rejeitos (ITRB), composto por ex-membros do CIAE-SB, entre outros, em linha com as melhores práticas internacionais e com o Padrão Global da Indústria para Gestão de Rejeitos. Leia mais em Barragens.
Anunciado em 27 de janeiro de 2019, este Comitê foi constituído pelo Conselho de Administração da Companhia, sob a coordenação de Ellen Gracie, ministra aposentada do Supremo Tribunal Federal, dedicado à apuração das causas e responsabilidades do rompimento da barragem B1.
Com regimento interno que garantia expressamente sua atuação independente, com autonomia e dotação orçamentária suficiente para a condução de suas atividades, o Comitê se reuniu e realizou atividades de verificação - como entrevistas com pessoas chave para entender o evento, análise de documentos, visitas ao local do rompimento, entre outras. Também se envolveu com as autoridades responsáveis por investigações relacionadas e monitorou o trabalho das várias comissões parlamentares estabelecidas, a fim de obter informações relevantes de diversas fontes. O trabalho do Comitê de Apuração foi acompanhado pelo Conselho de Administração e pelo Conselho Fiscal da Vale, por meio de reportes periódicos.
O CIAE-A foi descontinuado em 20 de fevereiro de 2020, quando o resultado do trabalho foi disponibilizado ao Conselho de Administração e às autoridades competentes. A Vale divulgou o resumo executivo ao mercado para garantir a prestação de contas à sociedade. As recomendações de natureza técnica e de governança feitas pelo Comitê foram implementadas entre 2020 e 2022.
Também em 27 de janeiro de 2019, o Conselho de Administração da Vale deliberou pela criação do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apoio e Reparação (CIAE-AR).
O Comitê concluiu seus trabalhos em fevereiro de 2020 e emitiu relatório com 84 recomendações. O relatório, disponível aqui, contempla análises, compromissos e ações tomadas pela Vale em resposta às recomendações, além de ações necessárias para continuidade do processo de reparação.
Os trabalhos de reparação continuaram com a Diretoria de Reparação e, periodicamente, foram acompanhados pelo Comitê de Sustentabilidade. A Vale concluiu 82 recomendações, sendo: 5 em 2019, 64 em 2020 e 13 em 2021, sendo que duas recomendações não foram acatadas pela Companhia.
Uma consultoria especializada conduziu avaliações anuais, externas e independentes, do progresso das recomendações, atestando a conclusão de todas elas.
Transparência
Parte do compromisso com a reparação integral de Brumadinho é com a transparência da condução de todo o processo e a manutenção do diálogo e da comunicação sobre cada etapa desse trabalho.
A cada semestre, divulgamos aqui o balanço sobre as iniciativas que estão em desenvolvimento, incluindo os recursos investidos, a execução dos principais projetos, entre outras informações.
No Vale+ Comunidade, a atualização sobre as principais iniciativas ocorre mensalmente, dividida entre as duas regiões: Brumadinho e bacia do rio Paraopeba, formada por 25 municípios (exceto Brumadinho).
Além disso, o portal do Comitê Gestor Pró-Brumadinho é coordenado pelos compromitentes e reúne informações sobre os impactos para as populações atingidas e o meio ambiente, informações sobre as ações e projetos em andamento no âmbito do Acordo Judicial de Reparação Integral.
E esse Comitê conta com a Fundação Getulio Vargas (FGV), contratada como auditoria externa independente, para subsidiar a tomada de decisão dos projetos voltados à reparação socioeconômica.
Saiba mais aqui.
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Outras referências
- 4 anos rio Paraopeba – Ações de Recuperação Desempenhadas em 2022 – Plano de Reparação – feito pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema)
- Boletim técnico SIF sobre meio biótico, da Sociedade de Investigações Florestais (SIF), da Universidade Federal de Viçosa (UFV)
- Boletim informativo do cidadão sobre a qualidade da água no rio Paraopeba – Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (FEAM)
Desembolsos e provisões com a reparação
Como consequência do rompimento da barragem, a companhia possui provisões para atender aos compromissos assumidos, indenizações individuais aos que foram afetados pelo evento, gastos com reparação das áreas impactadas e compensação à sociedade, conforme demonstrado abaixo.
Para ficar por dentro dos comunicados e relatórios completos com informações operacionais e indicadores financeiros da Vale, acesse site.
Impacto de Brumadinho e descaracterização desde 2019 até o 3T24
US$ milhões | Impacto/Ebitda | Pagamentos | Ajustes PV e FX² | Saldo Provisões no 3T24 |
---|---|---|---|---|
Descaracterização
|
5.060
|
(2.001)
|
(376)
|
2.683
|
Acordo e doações¹
|
9.147
|
(6.920)
|
163
|
2.390
|
Total de provisões
|
14.207
|
(8.921)
|
213
|
5.073
|
Despesas incorridas
|
3.248
|
(3.248)
|
-
|
-
|
Outros
|
180
|
(178)
|
(2)
|
-
|
Total
|
17.635
|
(12.347)
|
(215)
|
5.073
|
2. Inclui variações cambiais, valor presente e outros ajustes.
Desembolso de caixa dos compromissos de Brumadinho e descaracterização ¹² US$ bilhão | Desembolsado de 2019 até o 3T24 | 4T24 | 2025 | 2026 | 2027 | Média Anual 2028 - 2035 |
---|---|---|---|---|---|---|
Descaracterização
|
2,0
|
0,1
|
0,5
|
0,5
|
0,4
|
0,2
|
Acordo de Reparação Integral e outras provisões de reparação
|
6,9
|
0,5
|
0,8
|
0,7
|
0,3
|
0,1 (4)
|
Despesas incorridas
|
3,2
|
0,3
|
0,4
|
0,4
|
0,3
|
0,4 (5)
|
Total
|
12,1
|
0,9
|
1,7
|
1,6
|
1,0
|
-
|
2. Valores expressos sem desconto a valor presente, líquido de depósitos judiciais e não corrigidos pela inflação.
3. Média anual esperada dos desembolsos de caixa para as provisões de descaracterização para o período de 2028 a 2035 é de US$ 277 milhões por ano.
4. Desembolsos relacionados ao Acordo de Reparação Integral terminam em 2029.
5. Desembolsos relacionados a despesas incorridas terminam em 2028.
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