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Funcionária da Vale sorrindo em paisagem verde. Ela veste uniforme verde
da vale, oculos, capacete e protetores auriculares Artefato visual de onda Vale

A importância da água para nosso negócio 

Nosso setor é essencial para prover recursos naturais que impulsionam o desenvolvimento econômico e social, sendo a água um insumo fundamental e presente em todas as fases dos empreendimentos, desde o projeto conceitual até o uso futuro.  

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Uso da água na mineração

As fontes para suprimento de água na mineração são: subterrâneas, superficiais e de reúso. 
 

A matéria-prima essencial para a fabricação do aço é encontrada na natureza em forma de rochas misturadas a outros elementos.

Na etapa de beneficiamento, utiliza-se a água na flotação, lavagem do minério e preparação dos reagentes. 
 

O minério extraído da mina é levado por caminhões até as usinas de beneficiamento. 

Para controle de particulados, utiliza-se solução aquosa de polímeros em aspersores. Para usos menos nobres, como lavagem de peças, umectação de vias e de pilhas, prioriza-se águas de reúso.
 

As empilhadeiras armazenam o minério em pilhas e as recuperadoras o encaminham para as correias transportadoras.

Antes de o minério ser transportado, os vagões são selados com solução aquosa de polímeros, que evita a perda de material para o ar.

O minério é transportado até os silos e despejado dentro dos vagões do trem que vai levá-lo até o porto. 

No porto, o minério é descarregado e colocado em pilhas no pátio de estocagem.

No pátio, os minérios são estocados e/ou transportados para os navios por meio de recuperadoras e correias transportadoras.

65%

do volume da água captada são devolvidos diretamente ao meio ambiente ou disponibilizados para terceiros (ex.comunidade)
 

82%

do volume da demanda total são de águas reutilizadas. 




 

11.000

hectares de área de preservação permanente até 2022. 




 

1.700

nascentes em processo de recuperação.





 

Nosso objetivo é garantir a gestão responsável dos recursos hídricos e dos efluentes gerados no processo. O uso da água deve ser racional, socialmente equitativo, ambientalmente sustentável e economicamente benéfico, considerando um processo inclusivo das partes interessadas e a bacia hidrográfica.  

Balanço Hídrico

Acompanhamos de perto nossos indicadores, a fim de garantir maior eficiência operacional e nos propiciar crescimento saudável e sustentável. Nossos usos, consumos e descartes são monitorados, analisados e armazenados em sistema integrado de gestão da dados, que são auditados anualmente.  

 

Em 2022, reutilizamos 507 milhões de m³ de água, captamos 4,7 milhões de m³ de água de chuva e utilizamos 1,7 milhão de m³ de água do mar dessalinizada. 

Foto: Ricardo Teles. Barragem Salobo (Vale no Brasil): a barragem de rejeito é a principal estrutura para recirculação de água no processo mineral.

Total de água captada (em milhões de m³) no ano de 2022

Aproximadamente 28% de nossa captação é destinada ao abastecimento de comunidades, realizado por meio de instituições e concessionárias competentes que tratam e distribuem água de qualidade e com segurança, e de águas sem uso devolvidas diretamente ao meio ambiente. 

Saiba mais

Os detalhes do nosso desempenho em água e efluentes estão no Databook ESG.

Nossa atuação

Somos membros do International Council on Mining and Metals (ICMM), do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), de 7 comitês de bacias hidrográficas e participamos ativamente dos Grupos Técnicos de Recursos Hídricos que discutem e definem as diretrizes para a gestão responsável dos recursos hídricos e efluentes na mineração. Para aplicar essas diretrizes e cumprir nosso objetivo, estabelecemos quatro pilares estratégicos: Governança, Monitoramento e Controle, Engajamento com as Partes Interessadas e Gestão de Riscos Hídricos. 

Foto: Marcelo Coelho. Espessador em Sohar (Vale em Omã). O espessador promove a separação sólido-líquido no processamento mineral e viabiliza a reutilização de água no processo. 

  • Meta quantitativa atrelada às regiões de estresse hídrico
  • Plano de redução específico para cada unidade operacional
  • Monitoramento hidrométrico na bacia hidrográfica
  • Monitoramento hídrico qualiquantitativo e sistemas de gerenciamento de dados
  • Engajamento da Cadeia de Valor
  • Atuação nos Comitês de Bacias
  • Apoio no acesso ao saneamento básico de comunidades alocadas em nossa área de abrangência
  • Participação em fóruns, conferências e publicações
  • Proteção de nascentes e interface com a ambição de biodiversidade
  • Riscos hídricos mapeados, monitorados e gerenciados, incluindo os impactos físicos, regulatórios e de imagem, os oriundos das mudanças climáticas e da cadeia de suprimentos
  • Transversalidade do tema água na estratégia de negócios

1 - Governança de Recursos Hídricos e Efluentes

Mantemos uma visão holística dos recursos hídricos e efluentes nas bacias hidrográficas para compreender a situação hídrica e seus desafios. Nosso modelo de governança toma como base o conceito de linhas de defesa da Gestão de Risco e tem todos os processos, fluxos de comunicação e tomada de decisão definidos. 

Na nossa Política de Águas e Recursos Hídricos estão estabelecidos os princípios e os compromissos que orientam a gestão  sustentável e responsável ao longo de toda a cadeia produtiva.  

Arquivo Vale

Princípios norteadores da gestão da água

1) participar ativamente nos diferentes fóruns relativos à gestão dos recursos hídricos das bacias hidrográficas onde atuamos para discutir estratégias de segurança hídrica.
2) contribuir para a preservação da quantidade e da qualidade das águas superficiais e subterrâneas nas bacias hidrográficas e áreas marinhas.
3) contribuir para o aprimoramento contínuo da gestão sustentável e uso responsável dos recursos hídricos.

2 - Monitoramento e controle de qualidade

A Vale investe continuamente no monitoramento hídrico em nossas operações e desenvolve sistemas integrados essenciais para o entendimento das condições das bacias hidrográficas e para a tomada de decisão. 

Otimizamos nossos usos e descartes, implantamos projetos de circularidade, sistemas de controle e tratamento de águas e efluentes em nossas unidades operacionais. Também consideramos fontes alternativas onde há viabilidade, o que aumenta a disponibilidade e a qualidade dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas onde atuamos. 

Vale's Archive

Nossos números de monitoramento (2022)

+2.600

pontos monitorados para qualidade da água

+400.000

dados de qualidade da água gerados

+139

cursos d’água monitorados  

+507

milhões de m3 de água reutilizada

+113

milhões de m3 de água disponibilizada para terceiros

+146

milhões de m3 de água sem uso devolvida ao meio ambiente

3 - Engajamento com as partes interessadas na bacia hidrográfica

As bacias hidrográficas são um bem compartilhado. Para desenvolver iniciativas alinhadas a esse interesse é vital conhecer as partes interessadas e as suas expectativas. Participamos dos comitês de bacias hidrográficas (CBH) dos rios Doce, Velhas, Paraopeba, Piranga, Piracicaba, Santo Antônio e Santa Maria da Vitória, prezando pela comunicação transparente e responsabilidade com o contexto local e regional. Também atuamos na Câmara Temática da Água do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) com estudos e buscando soluções e compartilhado conhecimento. 

Vale's Archive

O Instituto Tecnológico Vale (ITV) Desenvolvimento Sustentável, com sede em Belém (PA), desenvolve pesquisas na temática recursos hídricos e efluentes em bacias hidrográficas onde a Vale atua. Os projetos científicos do ITV possuem enfoque interdisciplinar, visando à realização de diagnósticos e prognósticos do meio ambiente, apoiando a geração do conhecimento no território. Um dos propósitos-chave do instituto é a formação de recursos humanos. Na linha de recursos hídricos, 17 mestres foram formados no mestrado profissional e 19 pesquisadores foram capacitados no programa de bolsas de pesquisa para jovens cientistas. 

Na Cadeia de Suprimentos, construímos em 2022 a matriz de criticidade socioambiental a partir da segmentação da base de fornecedores e análise das categorias de compras. Além disso, nossa estratégia do Plano de Engajamento de Recursos Hídricos e Efluentes está em construção e temos como meta implementá-la até 2030. 

4 - Gestão de riscos hídricos

Gerimos nossos riscos hídricos não apenas em nossas unidades operacionais, consideramos como condição de contorno toda a bacia hidrográfica onde atuamos. Analisamos os potenciais impactos físicos, regulatórios e de imagem da companhia, incluindo os oriundos das mudanças climáticas e da cadeia de valor. 

Esse processo é executado com o uso de ferramentas bem conhecidas pela companhia, como: HIRA (Identificação de Perigos e Análise de Riscos, na sigla em inglês), Verificação de Controles Críticos (VCC), Check Integrado de Linhas de Defesa e Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA).  

Arquivo Vale

Transparência

Em todas as nossas frentes, atuamos com integridade e acreditamos que o caminho para alcançar esse objetivo passa pela transparência. É importante pontuar que jamais esqueceremos Brumadinho: as vítimas, suas famílias e os impactos socioambientais provocados pela tragédia. Com respeito e compromisso com as pessoas, trabalhamos desde 2019 para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem. 

No que tange a temática hídrica, além do acompanhamento mensal realizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), a qualidade das águas do rio Paraopeba e de seus afluentes é monitorada pela Vale, respeitando o compromisso assumido junto aos órgãos públicos responsáveis. Todo esse trabalho é acompanhado por uma auditoria técnica e ambiental independente, indicada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Os dados obtidos no monitoramento são periodicamente entregues aos órgãos fiscalizadores e ao MPMG.   

As análises demonstram melhoria progressiva na qualidade da água, apresentando resultados semelhantes ou melhores que os registrados antes do rompimento em períodos secos. 

  • +1.500 pontos de monitoramento da qualidade de água 

  • +2.500 pontos de abastecimento de água 

  • Poços perfurados e reativados para usuários individuais e municípios 

  • Sistemas individuais de tratamento de água para a comunidade rural 

  • Novas captações de água para RMBH2 e Pará de Minas 

  • +2 bilhões de litros de água potável distribuídos para comunidades urbanas e rurais 

Em relação ao tema saneamento, agimos para garantir que todos os moradores impactados tenham seu direito de acesso à água de qualidade e na quantidade que necessitam. Estimamos que cerca de 4 milhões de pessoas foram potencialmente atendidas com ações de abastecimento de água (leia mais em Brumadinho). 

Aproveitamos também para dialogar sobre as alegações de contaminação ambiental do rio Cateté decorrentes do empreendimento de Onça Puma. Tais alegações foram provadas infundadas, conforme demonstrado em laudos elaborados por peritos do juízo da Vara Cível Federal (VCF-Redenção). A Vale não realiza atividades de pesquisa mineral ou lavra de qualquer natureza em terras indígenas no Brasil, respeita rigorosamente a legislação vigente e está comprometida com o Consentimento Livre, Prévio e Informado (CLPI) junto às comunidades indígenas (leia mais em Controvérsias). 

Cabe ressaltar que a Vale está na Amazônia há quase 40 anos e ajuda a proteger cerca de 800 mil hectares de floresta, no Mosaico de Carajás, área equivalente a cinco vezes a cidade de São Paulo e a maior área de floresta contínua nas regiões sul e sudeste do Pará, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A conservação dessas áreas se traduz em benefícios importantes para manutenção da biodiversidade, proteção dos corpos hídricos e estoques de carbono. 

Compromissos e metas

Nossas metas globais de sustentabilidade estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e com as diretrizes do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM). A Meta Água 2030, iniciada em 2018, determinou uma redução de 10% do uso específico de água doce em relação ao ano-base 2017. Com grande empenho, alcançamos a redução de 20% no ano de 2021, nove anos antes do prazo. 

Antecipar e superar o cumprimento da meta lançada em 2018 demandou grande esforço e trouxe resultados importantes para a gestão interna.  

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Queremos ir além

Atualizamos a nossa meta 2030, que levará em conta todas as bacias hidrográficas onde atuamos e terá objetivos específicos para cada um de nossos pilares. Além do resultado já conquistado, vamos focar nossos esforços para alcançar mais 7% em média de redução do nosso uso específico até 2030, considerando metas mais significativas para unidades localizadas em regiões com nível de estresse hídrico alto ou crítico. Esta atualização da meta promoverá uma redução acumulada de 27% (base 2017) somada ao resultado já alcançado. 

Para definir o nível de estresse hídrico nas regiões onde atuamos, adotamos o Indicador 6.4.2 da ONU a partir de estudo realizado em 2022. Analisamos todas as sub-bacias onde atuamos para implementar uma atuação regional específica.  

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O estresse hídrico considera as variáveis: 

Quantidade

Medida pela disponibilidade de água na bacia hidrográfica.

 

Qualidade

Medida pela qualidade da água disponível ao uso pretendido.
 

Acessibilidade

Disponibilidade de água para os usuários.
 

Fluxo ecológico

Vazão mínima para manutenção da vida aquática.
 

Nível de estresse hídrico nas bacias hidrográficas onde atuamos

  • Sem estresse (<25%)
  • Baixo (25 a 50%)
  • Médio (50 a 75%)
  • Alto (75 a 100%)
  • Crítico (>100%)

Saiba mais

Conheça algumas iniciativas voluntárias da Vale em parceria com as comunidades do entorno de suas atividades relacionadas à gestão sustentável da água e dos efluentes.