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Funcionária da Vale sorrindo em paisagem verde. Ela veste uniforme verde
da vale, oculos, capacete e protetores auriculares Artefato visual de onda Vale
Temos consciência de que as nossas atividades, em algumas situações, podem representar riscos físicos para as comunidades com as quais nos relacionamos. Por isso, motivada pelo processo de Transformação Cultural e pelo compromisso com a vida em primeiro lugar, a Vale está revendo as formas como suas atividades afetam a sociedade. Um dos vetores dessa revisão envolve a Segurança das Comunidades, entendida como a gestão de riscos e impactos associados a ameaças à integridade física das pessoas potencializados pela presença da empresa no território.  

Estendemos às comunidades o tratamento de riscos e impactos já adotados em outras dimensões (saúde e segurança ocupacional, ambiental e de processos), com a mesma seriedade e compromisso. O processo de Segurança das Comunidades é desenvolvido e implementado no âmbito do modelo de Atuação Social da Vale. 

São considerados nesse processo eventos de segurança com perda social que possam resultar em lesão em não empregados e que ocorram em áreas de responsabilidade da Vale ou em áreas externas, quando no curso de atividades produtivas ou de apoio à produção.  

As providências imediatas de atendimento a emergências diante desses eventos são tomadas independentemente da eventual responsabilização civil ou criminal dos envolvidos, e seguem parâmetros estabelecidos em normas internas. Os eventos são registrados e analisados tendo em vista a identificação das causas e definição de ações para reduzir o risco de que eventos com o mesmo perfil voltem a acontecer. Essas ações podem incluir interações com as comunidades, contribuindo para o fortalecimento da sua percepção de risco e para a aderência das ações às demandas locais, além da revisão de processos internos e melhoria de equipamentos. 

O processo de Segurança das Comunidades foi estruturado segundo os seguintes vetores:

Padronização

Desenvolvimento de conceitos e outras referências normativas voltados à integração da dimensão social nos processos de Saúde e Segurança já estabelicidos (gestão de impactos) e à abordagem preventiva (gestão de riscos)

Acompanhamento

Aprimoramento das ferramentas de monitoramento dos registros de eventos e dos painéis de indicadores para ampliar a visibilidade do processo

Participação nas equipes de análise e investigação de causas de eventos de segurança com perda social 

Suporte

Contato estreito entre as operações e a área social para apoio no manejo das novas referências normativas e técnicas

Integração

Fortalecimento da gestão do risco, por meio dos Planos Integrados de Segurança das Comunidades, com abrangência territorial e abordagem integrada de todas as operações locais
Um dos resultados da integração da Dimensão Comunidade ao documento normativo de gerenciamento de eventos de Saúde e Segurança, Meio Ambiente e Processos Operacionais foi a adoção de procedimento de classificação de eventos com alto potencial, análoga ao adotado pelas demais dimensões. Esse procedimento é sintetizado pela Pirâmide C e se baseia na classificação de severidades real e potencial dos eventos. 

Pirâmide de Classificação dos Eventos Sociais

Planos integrados

A abordagem preventiva é fortalecida pelos Planos Integrados de Segurança das Comunidades (PISC), que são estudos de recorte territorial que devem integrar em uma análise conjunta todas as atividades da Vale presentes em determinada localidade. Os PISC têm por objetivo colaborar para uma gestão mais efetiva do risco, levantando os riscos de segurança para a população local resultantes das atividades produtivas da companhia e propondo ações preventivas. Eles devem considerar todas as iniciativas previstas para o território, inclusive aquelas contidas em diferentes planos, projetos e protocolos já existentes, assumindo, assim, o papel coordenador da temática de Segurança das Comunidades na localidade de sua abrangência. 

Compromisso 

O tratamento dos eventos de segurança com lesão em membros das comunidades recebeu respaldo corporativo em 2022, quando a Vale estabeleceu o compromisso de reduzir 40% dos acidentes envolvendo membros da comunidade até 2027. Em 2022 e 2023, a redução anual de acidentes foi, inclusive, meta de remuneração variável da liderança da empresa. Lesões decorrentes de suicídio são registradas, apuradas e tratadas, mas não foram contabilizadas para o KPI. Até 2023, o total de 21 Planos Integrados de Segurança das Comunidades foram concluídos.

Registros de eventos de segurança nas comunidades¹

Ano 2021 2022 2023 % de Variação (2022/2023)
Lesões fatais 
25
16
11
-31
Lesões não fatais
98
80
115
44
Total de eventos com lesão em membros da comunidade
104
89
105
18
Nota: Linha de base (2021) e resultados do KPI de Sustentabilidade 2022 – Redução de eventos de segurança com perda social. 
Como evolução do processo foi incorporada, para fins de contabilização, a classificação do tipo de atividade, sendo contabilizados para o KPI somente os eventos decorrentes de atividade controlada (atividades nas quais a Vale tem o direito formal e responsabilidade por garantir que seus requisitos de saúde e segurança sejam implementados e cumpridos pelas empresas por ela contratadas). 

Em 2023, houve 105 acidentes com membros das comunidades que resultaram em 11 fatalidades, 31% a menos em comparação com 2022, e 115 lesões não fatais. Importante ressaltar que este registro não trata a culpabilidade ou responsabilidade do causador dos acidentes, e que não se trata de acidentes ocupacionais. No entanto, de 2022 para 2023 houve aumento de 18% no quantitativo geral, considerando o total de eventos com lesões. Razões para este incremento podem incluir o aumento do registro e a maturidade da Companhia em registrar e investigar os eventos e, também, o aumento de projetos e atividades da empresa.