أقفل

menu-img-alt vale-wave
Imagem de header interno Imagem de header interno
٢٠‏/١٠‏/٢٠٢٣

Reparation

Árvores raras e ameaçadas de extinção estão sendo registradas em Brumadinho (MG) pela primeira vez

Espécies como Stephanopodium engleri e Leptolobium glaziovianum nunca haviam sido registradas na região e são pouco conhecidas no mundo. Encontro é um importante marco para conservação da flora nativa

Espécies arbóreas raras e ameaçadas de extinção foram encontradas em Brumadinho, Minas Gerais pela primeira vez. As descobertas inéditas aconteceram durante estudos ambientais realizados por biólogos da Vale e especialistas botânicos. Entre as espécies estão árvores como a Leptolobium glaziovianum e a Stephanopodium engleri, essa última considerada como “provavelmente extinta” entre 1997 e 2009, de acordo com a Lista Vermelha da Flora de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997). Em 2010, um indivíduo foi redescoberto próximo a Belo Horizonte. Além das citadas também foram feitos registros inéditos das árvores Cariniana legalis (jequitibá-rosa), Virola bicuhyba (bicuíba) e Euterpe edulis (juçara). A presença de árvores saudáveis, e ainda não catalogadas, entre as sub-bacias do ribeirão Ferro-Carvão e Casa Branca, é um indicador importante da biodiversidade presente na região. Até o momento, estão em processo de recuperação ambiental 50 hectares de áreas protegidas no entorno da área impactada, com o plantio de aproximadamente 60 mil mudas de espécies nativas da região. Essa área equivale a 50 campos de futebol.
 


Stephanopodium engleri - considerada como “provavelmente extinta” entre 1997 e 2009

Leptolobium glaziovianum e a Stephanopodium engleri, estão na “Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção”. A primeira ocorre apenas no estado de Minas Gerais e no Distrito Federal, com poucos registros conhecidos em regiões de cerrado. Seu tronco é lenhoso, possui flores brancas com 1,2 mm de comprimento e pétalas levemente diferenciadas. A segunda pode alcançar cerca de 6 metros de altura e é endêmica de Minas Gerais, ou seja, é encontrada apenas em território mineiro e com poucos registros na natureza. Seus frutos possuem elevador teor de umidade servindo de alimento para a fauna. Por outro lado, com a alta umidade, existe grande dificuldade para o armazenamento prolongado de sementes, que não toleram dessecação, assim dificultando seu armazenado e reprodução em viveiros. 
 


Leptolobium glaziovianum possui flores brancas com 1,2 mm de comprimento e pétalas levemente diferenciadas

"Estudar a biodiversidade de Brumadinho, identificar novas espécies e preservar a variabilidade genética é essencial para que a recuperação ambiental aconteça da forma mais harmoniosa possível. Além disso, estamos coletando sementes, produzindo mudas e reintroduzindo na região de forma sustentável, colaborando com a conservação destas espécies", destaca o biólogo da Vale, Felipe Peixoto.

Coleta de sementes e propagação
Antes da coleta é necessário realizar estudos e preparar um calendário fenológico, uma espécie de inventário e agenda da floresta, para conhecer a qualidade, quantidade e época do ano em que cada espécie pode ser coletada. Com esse levantamento, a localização de cada árvore é georreferenciada e são feitas anotações sobre seu diâmetro, altura e outras características. Esse processo permite definir quais são as árvores “mães”, de onde se pode extrair sementes e frutos. Para isso, são consideradas características como tamanho da copa, tronco, valor ecológico e quantidade de material disponível. Apenas uma parte dos frutos e sementes são coletadas, grande parte fica como alimento para a fauna, formação do banco de sementes no solo e a continuidade dos processos ecológicos de sucessão florestal.

Após a coleta, em alguns casos, é preciso que seja feita a extração, ou seja, a retirada das sementes dos frutos, que varia de acordo com o tipo da espécie. Depois disso, as sementes são limpas e armazenadas em embalagens especiais, fincando prontas para iniciar o novo ciclo da vida. 
 


Frutos da Stephanopodium engleri

A coleta de sementes nativas da flora brasileira está ligada historicamente à relação de domesticação de plantas pelos povos originários. São marcas culturais do povo brasileiro. Utilizar as sementes de espécies nativas indica que a recuperação das áreas está sendo realizada da forma respeitosa, além de evitar a disseminação de espécies invasoras que podem competir por espaço e prejudicar o ecossistema”, explica o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Sebastião Venâncio Martins.

 

Media Relations Office - Vale
imprensa@vale.com

Lupa de pesquisa

Did not find what you were looking for? Access our Search Center 

Reparation

Our commitment to repairing the communities and people impacted by the B1 dam failure is constant. See the social, environmental and safety actions taken by Vale. 
Imagem placeholder Imagem placeholder Foto:
Onda