Uma garrafa pet se transforma em um animal, um copo de plástico vira um planeta, e uma caixa de papel dá vida a uma boneca. Com experiências como essas, alunos do ensino fundamental de quatro escolas em Itabirito e uma no distrito de Macacos, em Nova Lima, ganharam há um ano um incentivo a mais para as atividades escolares: o projeto Trilhas do Saber Aprendizagem Criativa, uma iniciativa da Vale que utiliza o Programa de Aprendizagem Criativa da Faber-Castell e conta com a parceria das Secretarias Municipais de Educação das duas cidades.

Neste segundo ano de atividades, professores, pais e alunos comemoram os resultados, que podem ser medidos pelo envolvimento das crianças nos projetos. A proposta é transformar as salas de aula em micromundos de aprendizagem, onde os alunos usam, acima de tudo, a criatividade. Os conteúdos trabalhados são sempre relacionados à base curricular, potencializam o aprendizado das disciplinas de forma lúdica e preparam as crianças para lidarem com desafios e desenvolverem o pensamento crítico.

“Eles se sentem muito motivados. No dia que tem a atividade criativa, eles ficam muito ouriçados. Quando a gente fala que vai ter o micromundo, já ficam querendo participar”, explica Maria Célia de Araújo, professora da Escola Municipal Padre Antônio Cândido, em Itabirito.

A diretora da Escola Rubem Costa Lima, em Macacos, Vânia Baia, conta que a mudança no comportamento das crianças é perceptível.

“Essa nova metodologia trouxe para eles uma maneira criativa de fazer todas as atividades. Eles estão mais soltos e pensam melhor”, definiu.

Envolvimento das Famílias
As atividades do projeto Trilhas do Saber Aprendizagem Criativa não se limitam aos alunos. Os pais também são convidados a participar das atividades nas escolas, e assim como as crianças, também soltam a criatividade dentro dos micromundos.

“Quando eu vi a atividade, eu já falei que era interessante, mas no dia que eu cheguei lá, e vi toda a estrutura que montaram, eu me apaixonei”, conta Sabrina Saraiva, mãe de uma aluna da Escola Municipal Laura Queiroz, em Itabirito.

Tatiana Motta, mãe de um aluno da Escola Rubem Costa Lima, em Macacos, fala da importância da atividade para unir a comunidade escolar. “A oficina que participamos foi muito interessante para unir os pais e os alunos, para a gente encontrar todo mundo e participar desse aprendizado”.

Felipe Faria, analista de Responsabilidade Social da Vale, explica que a ideia é exatamente envolver todos e deixar novas perspectivas para o futuro. “É um projeto estruturante. Ele foi pensado para deixar um legado para a comunidade”.

Além das Escolas Municipais Laura Queiroz e Padre Antônio Cândido, em Itabirito, o projeto acontece também nas escolas Antônio Toledo Sobrinho e Ribeirão do Eixo.

Lançada em 2018 pela Faber-Castell, a metodologia usada no projeto já impactou mais de 10 mil alunos em vários estados do Brasil. As escolas de Itabirito e Nova Lima são as primeiras em Minas Gerais a viver essa experiência.

Compensação e Desenvolvimento
O projeto Trilhas do Saber Aprendizagem Criativa está alinhado com as ações de compensação e desenvolvimento da Vale para as comunidades de Itabirito e Macacos. A partir da escuta ativa das populações locais, foram priorizados projetos de fortalecimento da infraestrutura urbana, educação, turismo, saúde, segurança, entre outros. As medidas são uma forma de reparar as comunidades pelas evacuações preventivas realizadas em função da elevação do nível de emergência de barragens da empresa.

Importantes entregas já foram realizadas. Em Macacos, destacam-se a revitalização da Capelinha, importante patrimônio e atrativo turístico do distrito, e a construção da nova sede da Escola Municipal Rubem da Costa Lima, que dobrou a capacidade de atendimento da instituição de ensino. Em Itabirito, a empresa desenvolveu projetos de revitalização de quadras e escolas, além da doação de mobiliários e equipamentos para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e a reforma da Sala de Educação Ambiental no Parque Ecológico do município.