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O Instituto Cultural Vale celebra a literatura, as artes e a cultura brasileira e maranhense na 20ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), de 23 a 27 de novembro. Com patrocínio oficial do Instituto, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a FLIP retoma este ano as atividades presenciais e homenageia a autora maranhense Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista negra do Brasil.  
Como parte de sua programação, o Instituto leva duas das mais tradicionais manifestações artísticas maranhenses para a festa literária: o Bumba Meu Boi e o Tambor de Crioula. No Brasil, o Instituto Cultural Vale apoia mais de 350 iniciativas culturais, além de abraçar espaços culturais próprios, como o Centro Cultural Vale Maranhão, que valoriza os fazeres e saberes maranhenses e promove o desenvolvimento local. 
“Promover o desenvolvimento local, por meio da valorização da cultura e da criação de oportunidades para os fazedores de cultura de todo o Brasil, é uma das nossas missões no Instituto Cultural Vale. Por isso, é uma alegria trazer e celebrar o Maranhão na Flip, proporcionando o contato do público com manifestações culturais únicas, como o Bumba meu Boi e o Tambor de Crioula, e evidenciando o trabalho de artistas que integram o maior quilombo urbano do Brasil, o Quilombo da Liberdade”, afirma Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale. 
O Bumba Meu Boi da Floresta tem 50 anos de história e, assim como o Tambor de Crioula Prazer de São Benedito, que estará também presente na Flip, integra programações do Instituto Cultural Vale no Maranhão. O cortejo do Boi sairá pelas ruas de Paraty no dia 23, logo após a mesa inaugural, que vai debater a importância de Maria Firmina dos Reis para questões como feminismo, engajamento dos artistas e o papel da mulher negra na sociedade. Fundado por Mestre Apolônio, o Bumba Meu Boi da Floresta é uma brincadeira tradicional que constrói sua musicalidade com matracas e pandeirões, exaltando sua influência africana. 
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“Quem conduz o Boi da Floresta em todo seu alcance na comunidade do bairro da Liberdade, em São Luís, é uma mulher negra. Maria Firmina e Nadir Cruz são pontas para a resistência ampliada do povo negro, da cultura popular e principalmente das mulheres enquanto agentes ativos de produção e fala”, comenta Gabriel Gutierrez, diretor do Centro Cultural Vale Maranhão. 
Já no dia 25, o público vai poder dançar junto com o Tambor de Crioula Prazer de São Benedito, também fundado por Mestre Apolônio como forma de preservar os valores e tradições do tambor de crioula no bairro da Liberdade, em São Luís. Uma das figuras mais importantes da cultura popular maranhense, Apolônio Melônio desenvolveu trabalhos de formação para crianças e adolescentes em sua comunidade e, após sua morte, o trabalho foi continuado por sua mulher, Nadir Cruz. 
“Estar à frente de um terreiro e barracão de boi, reconhecido pela sua produção, é muita coisa. Para além, estar à frente dos movimentos de transformação do maior quilombo urbano do Brasil, podendo representá-lo numa feira literária, é um ganho de alcance e de partilha de outros valores possíveis para uma sociedade mais justa”, afirma Nadir Cruz. 
Com a presença e incentivo a um dos principais eventos literários do país, o Instituto, que também patrocina o Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira), a Feira do Livro de São Luís (FeliS) e a exposição "Nhe he Porã – Memória e Transformação no Museu da Língua Portuguesa, reforça seu investimento na formação de novos leitores, proporcionando novas experiências por meio da literatura. E estreita a sinergia com a atuação da Vale na Costa Verde do Rio de Janeiro, onde apoia iniciativas como a Orquestra Jovem de Itaguaí e a Casa da Cultura de Paraty, que recebe a programação paralela da Flip.

Programação – Instituto Cultural Vale e Maranhão na FLIP

23/11 (quarta-feira), 21h30 

Cortejo do Bumba Meu Boi da Floresta de Mestre Apolônio 

Saída em frente à Igreja da Matriz 
24/11 (quinta-feira), às 22h 

Apresentação do Bumba Meu Boi da Floresta de Mestre Apolônio 

Auditório da Praça 
25/11 (sexta-feira), às 22h 

Tambor de Crioula Prazer de São Benedito 

Auditório da Praça 
26/11 (sábado), às 19h 

Intercâmbio e vivência com grupos locais. 

Ocupa Parati / Praça Aberta 

Participação de autores maranhenses 

Além da programação promovida pelo Instituto, o Maranhão também estará representado na FLIP por autores maranhenses: 

Flipinha 

Dia 25/11 (sexta-feira), às 9h  

Roda de conversa: Conversa à beira-mar.  

Participantes: Andréa Oliveira (autora de “Maria Firmina, a menina abolicionista”) e Simone Mota (autora “Carolayne, Carolina e as histórias do diário da menina”).  

As autoras debatem o legado e as vivências das escritoras negras Maria Firmina dos Reis e Carolina Maria de Jesus. 


Central Flipinha (Praça da Matriz) 

Flip + 

Dia 25/11 (sexta-feira), às 20h30 

Painel: “Maria Firmina dos Reis: a trajetória inspiradora da primeira romancista brasileira" 

Painelistas: Agenor Gomes (Palestrante), Luciana Diogo (Palestrante) e Natércia Moraes Garrido (Moderadora). 


Casa da Cultura de Paraty (R. Dona Geralda, 194, Centro Histórico). Senhas serão distribuídas gratuitamente 1h antes do painel (100 vagas)