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03/03/23

Meio Ambiente, Minério de Ferro

Vale inicia reaproveitamento de rejeitos em barragem de Carajás utilizando equipamentos sem emissão de CO2

Projeto Gelado entrou em fase de comissionamento com dragas 100% elétricas, que irão extrair rejeito depositado nos últimos 37 anos

A Vale deu início ao comissionamento do Projeto Gelado, em Carajás (PA), que produzirá pellet feed de alta qualidade a partir do reaproveitamento dos rejeitos depositados na barragem do Gelado desde 1985, ano de início da operação da Vale na região. Além de dar destinação sustentável ao rejeito, o projeto utilizará dragas 100% elétricas para extrair o material, evitando a emissão de CO2. A capacidade inicial de produção será de 5 milhões de toneladas por ano e o investimento é de US$ 428 milhões. 

A fase de comissionamento, em que estão sendo feitos testes de performance e capacidade com carga, deve durar até o final do primeiro semestre, quando a operação entrará em ritmo contínuo. Após a conversão da Usina 1 de Carajás para o beneficiamento a umidade natural, prevista para os próximos anos, o projeto Gelado alcançará sua capacidade de 10 milhões de toneladas por ano. 
 

Dragas elétricas na barragem do Gelado. Crédito: Felipe Borges/ Divulgação Vale

Ao longo dos últimos 37 anos, a Vale vem produzindo minério de ferro em Carajás e depositando o rejeito na barragem do Gelado. Esse material é composto basicamente por partículas de minério de ferro, que não puderam ser aproveitadas no processo original de beneficiamento, e por impurezas, como a sílica e a alumina. Com o uso de dragas, o rejeito será retirado da barragem e enviado novamente para beneficiamento na usina. 

O teor de minério do material extraído da barragem já é de 63%, considerado alto. Na usina, o minério será submetido ao processo de concentração magnética, em que um potente imã separa as partículas ferrosas da sílica e da alumina, aumentando ainda mais sua qualidade. É a primeira vez que a concentração magnética é utilizada nas operações do Pará. 

O produto final é um pellet feed que irá alimentar a pelotizadora da empresa, em São Luís (MA). A alta qualidade das pelotas fabricadas no local contribui para a redução de emissões de carbono dos clientes siderúrgicos quando comparadas com produtos de menor qualidade. A Vale tem uma meta de diminuir suas emissões de escopo 3 em 15% até 2035. 

O caráter sustentável do projeto é reforçado pelo uso de dragas 100% elétricas, assim como bombas elétricas, que utilizam eletricidade proveniente de fontes renováveis em vez de combustíveis fósseis como o diesel. Dessa forma, o projeto deixará de emitir ao longo de 10 anos um total de 484 mil toneladas de CO2, o equivalente ao consumo por um ano de 105 mil carros populares de mil cilindradas movidos a gasolina. As dragas, de tecnologia holandesa, têm 46 metros de comprimento e pesam 364 toneladas. 

“A questão ambiental esteve no foco desde a concepção do projeto Gelado”, explica o gerente de Operação do projeto, Roberto Francisco. “Além de desassorear a barragem, estamos reduzindo a quantidade de rejeitos na estrutura e transformando-os em um novo produto, evitando a necessidade de futuros alteamentos. Fazemos isso focando na redução da emissão de CO2”. 

Cerca de 185 profissionais atuarão diretamente na operação. Um total de dez inspetores e operadores de máquinas receberam capacitação profissional na Holanda para atuar com as dragas. O investimento aprimorou o desenvolvimento de profissionais locais preparados para a prática da uma mineração com tecnologia de ponta e mais sustentável. 

Economia circular e valoração de resíduos

A Vale pesquisa e desenvolve processos para reduzir a geração de resíduos e para reaproveitar ou reciclar esses materiais, dando origem a novos produtos que contribuem para uma cadeia de valor mais sustentável. Além de reinserir os rejeitos na cadeia de produção, como está sendo feito com o Gelado, a empresa investe em reaproveitar a areia proveniente do processamento do minério de ferro com o objetivo de reduzir a geração de rejeitos. 

Em 2021, a Vale iniciou a comercialização da Areia Sustentável, produto destinado para a construção civil com origem 100% legal, alto teor de sílica e baixo teor de ferro, além de alta uniformidade química e granulométrica. Até o momento já foram doadas ou comercializadas cerca de 800 mil toneladas do produto. A estimativa para 2023 é que essa quantidade seja ainda maior. 

A Vale também desenvolve soluções para o uso do rejeito arenoso na pavimentação de estradas e até como um substituto ao cimento comum. 

Baixo carbono

O uso de dragas elétricas no Gelado se insere nas iniciativas da Vale para atingir suas metas de emissão de carbono. Em 2020, a Vale anunciou a meta de zerar as emissões líquidas de Gases de Efeito Estufa (GEE) até 2050, nos escopos 1 e 2. Entre as medidas adotadas para atingir esse objetivo está a substituição de combustíveis fósseis por fontes limpas nas operações, com foco no uso de energia renovável e combustíveis alternativos, maior eficiência nas operações utilizando novas tecnologias. A estratégia de eletrificação dos ativos, por exemplo, já conta com a adoção de dois caminhões de 72 toneladas elétricos em operações de minas na Indonésia e em Minas Gerais e ainda cerca de 50 equipamentos de mina subterrânea no Canadá. 


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